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AÇÕES COLABORATIVAS LEVAM A CIDADE DE JURUENA-MT PARA CENÁRIO DE DESTAQUE MUNDIAL

Todos os dias quando abrimos os jornais escritos, on line ou televisivo, sejam locais, regionais, nacionais ou mundiais a predominância de notícias é de ordem negativa. Corrupção, acidentes, homicídios, são vestígios da crueldade humana escancarada. Será que tudo que acontece a nossa volta é ruim? Felizmente minha resposta é que NÃO. Acontecem coisas boas que não sabemos, é mais fácil explorar o trágico que o positivo. Mais pessoas ganham com notícias ruins do que com notícias boas, principalmente partidos políticos, tendo a bandeira que for. Diante dessa realidade, venho fazer minha parte e falar sobre as experiências do Assentamento Vale do Amanhecer criado em 1998 pela Portaria Incra nº. 120 com a denomina- ção: Projeto de Assentamento Vale do Amanhecer, na cidade de Juruena-MT. A Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (ADERJUR) realizou alguns projetos em parceria com empreendimentos desse assentamento como a Cooperativa de agricultores do Vale do Amanecer (COOPAVAM) e Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA). Desde 1991, antes da regularização do Assentamento Vale do Amanhecer a região vem vivenciando experiências de inserção de projetos sociais com fomento de recursos externos, de órgãos como a Petrobras, Fundo da Amazônia e outros. Os objetivos dos projetos são de buscar constantemente o desenvolvimento sustentável da região. Entre esses projetos, pode-se destacar o projeto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o projeto Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste de Mato Grosso; o projeto Recuperação e Conservação de Recursos Naturais no Vale do Amanhecer; participação nos Programas de Compra com Doação Simultânea da Companhia Nacional de Alimentos (CONAB); o projeto Ampliação da Unidade De Beneficiamento de Castanha do Brasil do Vale do Amanhecer e duas edições do projeto Sentinelas da Floresta. O reconhecimento do trabalho na região não é recente, em 2012 a experiência local recebeu o prêmio ODM/ONU- 2012. Prêmio concedido para experiências que buscam atender um conjunto de metas pactuadas entre os governos de 193 Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU). A Coopavam foi premiada pela prática: Amazônia Viva: plantando e colhendo frutos para um mundo melhor, também conhecido como “8 jeitos de mudar o mundo”. Das oito práticas a Coopavam provou atuar em quatro: a) erradicar a extrema pobreza e a fome; b) promover a igualdade entre os sexos e a autonomia de mulheres; c) garantir a sustentabilidade ambiental; d) estabelecer parcerias para o desenvolvimento sustentável. Inclusive, no mês de março de 2015 a experiência apresentada no Fórum Social Mundial. Em 2103 recebeu o prêmio da Fundação Banco do Brasil (FBB) como o desenvolvimento de Tecnologia Social. Ou seja, há pessoas engajadas e comprometidas a fazer bom uso do dinheiro público, investido para o desenvolvimento sustentável. Tudo isso só foi possível porque pessoas deixaram a comodidade de um trabalho convencional e passaram a lidar diariamente com opiniões diferentes, conflitos, angústias e pressões. Trabalhar com pessoas e para as pessoas, nada mais e que desafiar a nós mesmos a nos permitir viver, conviver e respeitar as diferenças humanas. Agora, recentemente nos dias 22 a 28 de maio a ADERJUR participou do Fórum Social Mundial na Universidade El manar, em Túnis (África) para compartilhar a experiência da comunidade. Parabéns a equipe dos projetos já desenvolvidos na região, é gratificante ver nosso estado e nosso país com práticas que valem a pena ser compartilhadas.

Ana Maria de Lima – Professora doutoranda em Administração ana.lima@unemat.br

 

 

http://www.diariodaserra.inf.br/pdfs/42792.pdf

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