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Correspondente da Agência Brasil/EBC se encanta com moradores do noroeste de Mato Grosso

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A Agência Brasil/EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) enviou neste último mês uma jornalista para conhecer de perto a vida na região noroeste de Mato Grosso e produzir uma série de matérias especiais sobre a região. A jornalista Mariana Diniz se encantou com o modo de vida dos moradores, e na última semana fez um balanço da visita durante a programação da Rádio Nacional da Amazônia.

Neste balanço ela ressaltou a questão ambiental, presença dos indígenas isolados – cerca de 30 indivíduos que vivem numa área de mata fechada, a Reserva Extrativista (Resex) Guariba Roosevelt, e o trabalho desenvolvido no Assentamento Vale do Amanhecer localizado em Juruena, o qual ela considera um projeto de assentamento bem sucedido. Para explicar essa impressão, Mariana conta que dentro de uma reserva legal, quando se tem uma propriedade rural, é necessário manter uma área de preservação. Hoje nesta região, essa área de preservação é equivalente a 80 % da área, mas na época da criação desse assentamento era de 50%. “Nesse assentamento ao invés dos moradores dividirem essa reserva legal dentro dos seus lotes, decidiram fazer uma reserva comunitária, dessa forma eles tem 7.200 hectares de floresta amazônica com alto potencial de extrativismo de castanha”. A partir daí criou-se a Coopavam (Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer), que teve conquistas como a organização dos grupos e a eliminação do atravessador, que antes, adquiriam o quilo de castanhas a um preço médio de R$0,80 e hoje, conseguem comercializar a R$3,50.

A jornalista exemplifica citando um agricultor familiar que vendeu mais de 2 mil kg de castanha, e com isso sustentou a família durante o ano. Outro destaque foi o surgimento de lideranças como Luzirene Lustosa, atual presidente da Cooperativa, que já foi garimpeira e hoje defende a floresta com veemência. A jornalista destaca que a Coopavam está um passo afrente de outros projetos de manejo da castanha por já conseguir montar uma cadeia produtiva que inclui a produção de alimentos a partir da castanha coletada. “Hoje eles produzem óleo e vendem a grandes empresas como a Natura”, narra Mariana.

Além da admiração pela organização financeira adotada por esses extrativistas, a jornalista destaca como seu principal encantamento, o sistema de vida dos moradores das regiões visitadas (Colniza e Juruena). “Chamou a atenção a simplicidade das pessoas que mostram que o paradigma do desenvolvimento não é só o dinheiro. É claro que é importante encontrarem atividades econômicas que garantam uma vida boa, mas o que essas pessoas querem é uma vida simples, elas têm uma vida simples e muito rica ao mesmo tempo”, finaliza ela.

 

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