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Os sabores da floresta – Livro ensina receitas de pratos e doces utilizando a castanha-do-Brasil

 

Rica em nutrientes, principalmente o selênio, a castanha-do-Brasil, também conhecida como castanha-do-Pará é um fruto cada vez mais utilizado por aqueles que buscam uma alimentação mais saudável. Uma única amêndoa da oleaginosa por dia é o suficiente para ajudar a conservar os neurônios, fortalecer o coração, garantir o bom funcionamento do intestino, além de ajudar a prevenir o envelhecimento precoce.

O que pouca gente – ainda – sabe, é que a partir da castanha é possível preparar inúmeros pratos, de entradas, pratos principais e até sobremesas, que podem ser feitos no dia-a-dia em casa, ou mesmo por profissionais, em seus restaurantes. As receitas de vários desses pratos estão na publicação “Sabores dos castanhais: A castanha-do-Brasil como ingrediente de sucesso em um projeto de desenvolvimento sustentável na Amazônia”, escrita pelas nutricionistas Thaís Hernandes e Helena Maria Hernandes Cortéz, e com a participação do engenheiro agrônomo e coordenador do projeto Poço de Carbono Juruena, Paulo César Nunes.

Nessa compilação de receitas que podem ser feitas com a castanha é mostrado como fazer pratos deliciosos usando desde a farinha da castanha, que serve como base para alimentos como o biscoito e o macarrão, até pratos temperados, como almôndegas, arroz, escondidinhos, entre outros. Também é possível fazer doces como bolos, mousses, pudins, broas e roscas.

Mas mais do que preparar deliciosos pratos, consumir castanha-do-Brasil é uma atitude que ajuda a conservar a floresta amazônica bem como povos indígenas e agricultores que encontraram na natureza uma forma de viver bem, a partir dos produtos que ela oferece.

O projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur) e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, acredita nesta ideia. Tanto que apoia a Cooperativa de Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (Amca) na extração das castanhas e na produção de diversos alimentos.

Alguns desses alimentos já fazem parte da rotina de estudantes da rede pública de ensino da região Noroeste de Mato Grosso. Outras receitas, já foram testadas e podem ser feitas por aqueles que apreciam uma boa culinária e gostam de cuidar da sua saúde.

Leia abaixo a introdução do livro e faça o download gratuito da publicação, em formato PDF.

Prefácio
Sabores dos castanhais é um livro escrito por muitas mãos. Desde 2010, a região Noroeste do Mato Grosso abriga o Projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur) e patrocinado pela Petrobras. Sua atuação tem por objetivo a redução de emissões de carbono, na recuperação de áreas degradadas com o plantio de sistemas agroflorestais e na conservação das áreas de floresta através do extrativismo sustentável de produtos florestais não madeireiros. O projeto, entretanto, não se limita aos assuntos ambientais, influenciando significativamente na valorização e na qualidade de vida dos trabalhadores da castanha.

No interior da Amazônia encontram-se verdadeiros patrimônios naturais, espécies únicas desse fabuloso bioma. Sabores dos castanhais é uma viagem por esse universo repleto de ingredientes raríssimos, cobiçados e preservados com sabedoria por muitas civilizações que viveram nesta região nos últimos séculos. A castanheira, a real estrela desta obra, não é somente uma das principais espécies da Amazônia. Sua importância para as comunidades locais é incalculável. Ela é esteio para povos que, há séculos, utilizam seus frutos nas tradições culturais e, principalmente, como forte componente econômico.

Sua grandeza, já reconhecida em diversas partes do mundo, ganha agora um registro literário, idealizado e preparado por profissionais que atuam na mata, com os povos nativos e indígenas que detêm o melhor e maior conhecimento sobre a castanha.

Famílias indígenas e agricultores
Com grande rede de importantes parceiros, como o Instituto Munduruku, Associação Kawiaiweté, Associação Passapkareej, Associação Mayrobi, Cooperativa de Pequenos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam) e Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (Amca), que desenvolve mais de 500 famílias de indígenas e agricultores, a Aderujur priorizou a união de esforços em torno de objetivos que beneficiam milhares e pessoas. Com esse propósito, angariou apoio de instituições como Petrobras, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Programa das Nações Unidas, para o Desenvolvimento (PNUD), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), incentivando o extrativismo da amêndoa da castanha-do-Brasil.

Entre as ações de maior relevância do projeto, destaca-se investimento em inovação no beneficiamento da castanha e na fabricação de produtos com a amêndoa. Nem todos sabem, mas, a partir da castanha é possível produzir, com muita qualidade, óleo, macarrão, farinha, biscoitos e barras de cereais. Nos projetos da Aderjur, a partir do Poço de Carbono Juruena, tudo isso já é elaborado e precisa ganhar o mercado brasileiro. Nessa preocupação de valorizar a castanha e aumentar mercado tanto para a amêndoa in natura quanto para seus produtos, uma conquista merece ser citada. Aderjur e seus parceiros firmaram contrato, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos do governo federal, e distribuem os alimentos em oito municípios da região. O trabalho abrange e beneficia 38 mil pessoas de nove etnias indígenas, comunidades rurais e núcleos urbanos da região.

Fonte: Pautasocioambi
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