Projetos Socioambientais de Juruena foram divulgados na África
Um dos mais importantes encontros mundiais, que aconteceu entre 22 e 28 de março, na Universidade El Manar, em Túnis, na Tunísia (África), contou com a apresentação dos trabalhos realizados em Juruena, na parceria entre a ADERJUR, COOPAVAM e AMCA, que vem sendo patrocinada pela Petrobras e pelo Fundo Amazônia. O coordenador de projetos, Paulo César Nunes, foi convidado pela Petrobras para apresentar os resultados já alcançados no âmbito do Projeto Poço de Carbono Juruena, executado entre 2010 e 2015, com o patrocínio da empresa, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Mais cinco projetos patrocinados pela Petrobras no Brasil foram selecionados pela Abong (Associação Brasileira de ONGs) para fazer parte da delegação brasileira no Fórum Social Mundial de 2015: Pé de Cerrado; Pesca Solidária; Ar, Água e Terra; Vida e Cultura Guarani; e Tecendo as Águas.
O Fórum Social Mundial é considerado o maior encontro da sociedade civil organizada e realiza um amplo debate democrático de idéias, troca de experiências, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil, no qual participam milhares de pessoas de todos os continentes, em busca de soluções para um mundo mais justo. Tem o propósito de facilitar que associações, descentralizadas e em redes, locais e internacionais, criem ações concretas para a construção de uma nova civilização.
“As políticas anti-sociais e anti-ambientais desenvolvidas durante os últimos anos e através do planeta, geraram poderosos movimentos sociais e ecológicos reivindicando políticas alternativas de justiça social e ambiental, novos direitos e respeito pela dignidade. A luta por justiça climática, e mais que isso, por justiça ambiental, é apenas a expressão da denúncia de um sistema de produção e consumo que não tem futuro e de uma relação predadora do ambiente pela humanidade. Cada vez mais os movimentos sociais e intelectuais interpretam essa crise como uma verdadeira crise da civilização. Isto revela uma necessidade humana fundamental de redefinir as bases do contrato de coexistência e da necessária conexão com a Terra e os seres vivos”, é o esclarecimento no site do FSM.
Durante o Fórum de Direitos e Dignidade dos Povos Indígenas, Paulo Nunes falou sobre a experiência realizada em Juruena pela rede social formada entre agricultores familiares e indígenas que trabalham no extrativismo da castanha do Brasil e, durante mesa redonda que contou com a apresentação do Projeto Mova Brasil, o Coordenador falou sobre a experiência de inserção de derivados da castanha do Brasil na merenda escolar tradicional e urbana em oito Municípios do Noroeste de Mato Grosso.
Este foi um importante espaço de intercâmbio de experiências, de debates e de contatos com pessoas de todos os continentes e que vai enriquecer ainda mais o trabalho realizado em Juruena. Com apoio da Petrobras, empresa que tem o maior programa de investimentos em responsabilidade social na América do Sul, e do Fundo Amazônia, o mais importante fundo de apoio a projetos de mitigação de mudanças climáticas no Brasil, a experiência das organizações de Juruena seguirá crescendo ainda por muitos anos, já sendo usada como modelo de replicação para outras organizações e governos da região amazônica, afirma Paulo Nunes.
Fonte: Assessoria